sexta-feira, 29 de maio de 2015

HÁ HOMENS QUE NASCEM PÓSTUMOS...Ou, sou um Girassol!

Acredito muito no título desta postagem, do prussiano Nietzsche, em seu livro ainda mais controvertido e, infelizmente, incompreendido: O Anticristo. Mas esta postagem não é sobre o livro, mas sobre "eu" mesmo, sem falsa arrogância. As vezes acho que sou um alienígena numa terra estranha, um "estranho no ninho", se me compreende.
Vou constantemente a Sorocaba visitar minha filha e nunca recebi nenhuma "buzinada" no transito de lá, ninguém me xingando de barbeiro ou coisa assim. Mas chego aqui em Itapeva e paro num semáforo vermelho respeitando a legislação, e o camarada atrás de mim grita a  plenos pulmões: "Vamos lá, parceiro, anda"!
Meu Canal no Youtube tem mais de 600 postagens de videos, algumas, para minha felicidade, chegam a ter 160 mil visitas, mas para minha surpresa e desencanto, recebo poucos elogios, mesmo nos videos mais visitados, em contrapartida, reclamações, indignações, xingamentos e similares, ahhh...isto é uma constante.
Sou professor há anos, cheguei a fazer 2 faculdades incompletas(Administração, Direito) e uma completa(História), além de pós graduação para curso superior, mas, ainda hoje vejo e escuto pais duvidando de minha pedagogia, mesmo tendo 20 anos como educador.
Sou casado, tenho filhos e esposa, que amo de coração e acredito dedicar bastante tempo para eles. E leciono com carga completa na instituição que ministro minhas aulas, mas, ainda hoje escuto pérolas de pessoas(inclusive professores) que dizem não ter tempo para leituras. Eu leio aproximadamente um livro por semana, quando não mais.
Sou um alienígena, só pode ser, um pária de uma sociedade póstuma, de um tempo inexistente e fictício, surreal como um quadro de Van Gogh. Sou um Girassol, só pode!
Porque postergamos nossas felicidades para depois, para tempos indefinidos num futuro improvável e mais que distante? O quê há conosco?
Não encontro muitos pares nesta minha existência social, então, concluo que sou eu o equívoco social, que prioriza a felicidade conjugal a vontade egocêntrica do meu ser. Sou um Nietscheriano(se é que existe essa terminologia) por natureza, sou contestador dos equívocos das verdades absolutas.
Vivo da felicidade e não dos sons de meus centavos monetários, não de meus consumos desenfreados ou das marcas enlatadas. Sou um leitor da vida, um homem das antigas e dos valores morais. Estou morto? Estou vivo? Acho              que nasci póstumo desta realidade!

Professor Samir leciona História(não Matemática) e acha que Nietzsche é o "Cara"!

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