sexta-feira, 17 de abril de 2015

História & Maioridade Penal

Qual a veracidade da história oral? Como confiar na palavra "não escrita", transmitida por gerações através da teatralidade familiar ou grupos religiosos, dogmáticos e esperançosos de aceitação? Seu Pai ou sua Mãe devem ter contado milhares de histórias sobre suas famílias, numa visão simplista de observadores, ou ainda, de reprodutores de eventos que não presenciaram, mas quê juram que "foi assim mesmo". A história, leitores, também sofre em partes desta temível oralidade, de partidarismo e tendências pessoais, que buscam recontar a verdade em sua interpretações particulares, onde o erro sempre é dos outros, e somente deles. No Brasil temos, infelizmente, vários partidos políticos que usam deste maquiavélico procedimento para justificar seus meios, através de uma história fantasiada de verdade absoluta. É preciso, sempre, contextualizar os fatos, procurar fontes fidedignas, escutar os opositores para então, e somente assim, tomar partido em algum evento importante.
Muito se fala da diminuição da maioridade penal, e muitos jornalistas "decadentes" e "fantasiosos" usam de suas carismáticas presenças para tentar, através da falta total de estudo de caso, incentivar uma sociedade carente de educação a não aceitar ou aceitar a diminuição da maioridade penal. Não buscam informações mundiais, resultados universais, mas apenas expõem suas convicções cheias de "obviedades" pessoais, para afirmar sua palavras cheias de equívocos e carentes de fontes primárias.
Não se deve julgar fatos que não entendemos, nem mesmo seria útil para a finalidade exposta que indivíduos, carregados de pré-conceitos, impedissem o caminhar da boa resolução judicial, através da competência de homens que estudam e vivem o problema, direta ou indiretamente.
A Televisão e o Rádio às vezes fazem um desserviço social, abrindo espaço para comentaristas de auditório expor suas palavras modernistas, mas cheias de erros crassos sobre justiça e comportamento social, sem jurisprudência, e pior, analisando fenômenos de extrema importância para uma sociedade sadia e seu futuro, através de uma ótica decadente de apresentador funesto e irresponsável.
Muitos destes hipnotizadores de platéias decadentes perguntam se não seria pior a diminuição da maioridade penal, mas poucos perguntam se há dados estatísticos de melhorias sociais pelo mundo afora, quando tais procedimentos são aceitos. Alguns, mais oportunistas, ainda teimam em dizer que diminuindo a maioridade penal só iria provocar o aliciamento de crianças mais jovens ainda, para o mundo da violência. Esqueceram estes indivíduos que a sociedade precisa e necessita de penalidades reais para um mundo real? A questão não é evitar futuros roubos ou assassinatos, mas sim penalizar o indivíduo insociável pelos crimes que cometeu, e livrar a sociedade trabalhadora e honesta de um marginal de grande periculosidade, que pode e continuará agindo para satisfazer seus ideais. Não cabe a a apresentadores de TV julgar o quê é correto ou errado, mas sim aos homens da lei, juristas e sobre muitos aspectos, a própria sociedade interferir nessa resolução, pois ela é a maior interessada.
Para não ir preso basta não cometer crimes, simples assim! Claro, é preciso mudar muitas coisas para diminuir a violência urbana, mas um bom começo é penalizar corretamente os crimes, principalmente os hediondos, senão, onde poupam os lobos, sucumbem às ovelhas.

(Professor Samir
leciona História e Filosofia, e é a favor de criminosos na cadeia.)

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