quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A SOLUÇÃO PARA O TERRORISMO

É utópico esse título, claro, não há uma solução, talvez a grosso-modo sejam necessárias uma somatória de soluções. A começar por definir o que é terrorismo, e diferenciá-lo claramente de atos terroristas ou atos de guerra. Mas uma definição não é coisa fácil, envolve política, psicologia, religiosidade, economia, entre outras coisas mais. Ela depende de fatores complexos que podem, se não analisados com cuidado, colocar todos como possíveis terroristas. É preciso compreender as motivações por trás desses atos, e principalmente os estopins que ocasionam seu ressurgimentos. Analisar de forma globalizada a intervenção social e política dos países capitalistas nos países islâmicos, e principalmente, os interesses de alguns países como os EUA, Inglaterra, França entre outros, na intervenção nas doutrinas dos invadidos. Dar a culpabilidade devida ao criador do terrorismo, mostrar seus financiadores e principalmente, fazer a devida associação de culpabilidade de todos os possíveis crimes que não são chamados, por conveniência, de terrorismo para não comprometerem os poderosos capitalistas.
Num mundo tão heterogêneo socialmente, é necessário demonstrar a homogeneidade da família capitalista com a islâmica,  hinduísta ou judaica, para que todos entendam que são maiores as semelhanças que as diferenças, e que a dor dos atos, sejam de guerra ou de terrorismos, são intensos em qualquer sociedade.
Está claro, a cada dia, que as políticas internacionais de combate ao terrorismo não estão conseguindo atingir seus objetivos, e talvez nunca consigam se não analisarem e contextualizarem a política ideológica por trás de ambos os lados.
Há muitos tipos de terrorismo disfarçados no mundo, mascarados como ação social, ação de guerra ou ação econômica. De muitas maneiras são possíveis destruir a cultura e a vida de uma nação, e nem sempre é necessário armas de guerra para isso. O descaso com a vida alheia não é privilégio dos fundamentalistas, é um mal de toda sociedade mundial globalizada, que só consegue analisar tudo e todos de forma imediatista, micro cósmico, sem na verdade entender que somos "um", somos o planeta!

Samir Lahoud é professor de História, e pacifista por natureza.

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