quinta-feira, 11 de junho de 2015

QUEM SOU, NÃO SEI...OU ALÉM DO BEM E DO MAL!

(Pretenso poema do professor Samir Lahoud.'.2015)

Sou mais que humano, demasiado humano;
Sou Nietzcheniano, sou o super-homem filosófico;
Não sou o Anti-Cristo, ao contrário, sou o homem da posteridade;
Estou além do Bem e do Mal, afinal, sou Nietzcheniano e assim, sou incompreendido.

Quem sou então, cabeça pensante, cabeça humanamente pensante;
Sou aquele que julgado assimila as incongruências desta sociedade vilania;
Sou um Filósofo que não filosofa, que não entretém, não busca verdades, muito menos absolutas...Sou um condenado por minhas memórias.

Já fui, outrora, criança do saber, mas não me permito mais, no crepúsculo de minha velhice, aceitar o inominavelmente inferior;
Sou carregado de Luz e Escuridão, e como tal, quase Luciferinamente, rejeito ordens incontestáveis e me rebelo, como o portador, das ordens que me acorrentam;
Quem sou eu, jovem leitor, que segue sua consciência por toda vida?
Quem sou eu, jovem leitor, que pousou em sua sopa...Não sou Raul!
Não sei mais se um dia, na minha ambivalência emocional e intelectual, entendi quem sou.

Eu sou o que sou!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

TERMINOLOGIAS ABOBALHADAS DOS PARTIDOS...Ou, como ser um idiota ideologicamente correto!

Bom, dia desses estava eu, com minhas ideias,  analisando conceitos etimológicos e me deparei com a luta, eterna, da palavra "Trabalhadores". A própria palavra etimologia deve ser explicada, para não haver equívocos aqui, neste texto simplista e minimalista. Etimologia vem do termo grego étumos, ou seja, real, mais a somatória da palavra logos, cujo significado seria relato. Então, etimologicamente falando, ou melhor, escrevendo, vou tentar provar o real significado da palavra "trabalhadores", quer dizer, real etimologicamente escrevendo, ou seria falando?
Bom, numa consulta rápida e dinâmica constatei que vem dos Gregos(esses caras são fanáticos pela palavra escrita), e seu significado é associado a "experiente e gente", ou coisa assim. Mas o mais importante mesmo é a definição MarxLeninStalinesquerdista do nosso Brasil Tupiniquim, mais especificamente dos partidos pressupostamente esquerdistas: Excluem todos os "exploradores" das Mais-Valia, sejam eles pequenos ou médios exploradores, mesmo que trabalhem.  Ai meu saco, digo, ai meu escroto!
Vivemos numa eterna guerra de linguagens, terminologias e etimologias sem precedentes na história tupiniquim, e talvez por isso mesmo nossa almejada e necessária Constituição, a nossa Lei Maior, seja tão interpretativa, tão sujeita a opiniões partidárias(forçadas) e exposta em confusas e inapropriadas discussões judiciais, sobre o que é certo ou errado. Talvez por isto mesmo a Justiça no Brasil seja, para meu desconforto ideológico, interpretativa. Não seria mais conveniente e correto uma Constituição menor, menos acadêmica e mais clara em suas etimologias nada forenses?
Hoje, para meu desagravo polissêmico(estou exibido hoje), nem mais sei se sou um trabalhador...Sei apenas que trabalho.


Professor Samir Lahoud leciona História e acredita que trabalha muito, mas até este momento, não tem certeza de sua condição de trabalhador(rsrsrsrsr...).

domingo, 7 de junho de 2015

Um Comunismo Capitalista? Só no Brasil mesmo!

Não vou aqui ensinar comunismo ou socialismo, ou mesmo suas forçadas ideologias Marxistas e Leninistas, o quê dirá então o Stalinismo. Vou aqui, em minha impenetrável ignorância acadêmica, apenas divagar em mares óbvios: O Comunismo Tupiniquim. Prefiro chamar esta minha utopia em "LulaStalinLeninismo"...Melhor não, ninguém vai se lembrar nem entender. Aqui no Brasil há equívocos numéricos, sociais e acadêmicos, ao comparar a Rússia Leninista ou Stalinista com o pretenso socialismo tupiniquim. Quem é o trabalhador explorado e o Senhor Explorador? Aqui, nesta terra de impostos trilhonários e juros exorbitantes(quase Usura Católica), quem é de Direita ou de esquerda?
O PT é de esquerda com seus altos escalões de ideólogos acadêmicos como Marilena Chauí ou Chico Buarque? Será? Luis Fernando Veríssimo é petista, mas vive os padrões da esquerda socialista? Será mesmo?
Será mesmo o Brasil Petista um forma de ideologia esquerdista? Mas qual padrão esquerdista adotam estes políticos revolucionários no Brasil? 
Um médico que tem vários funcionários em sua clínica é um explorador, no mundo socialista, mas, neste mesmo mundo socialista dos partidários trabalhadores, um Chico Buarque, que já ganhou, ganha e ganhará muito dinheiro é um simples assalariado. Ai meu Tupiniquim socialista!!!
O Brasil com o PT criou, como estou dizendo, uma nova ramificação ideológica, onde socialismo é para pagar as contas partidárias e empréstimos cubanos, conter os lucros em suas próprias contas internacionais, mas basta esta "empresa de imposto", o Brasil, ter dívidas, que os partidários trabalhadores querem, no melhor exemplo capitalista, dividir os prejuízos(Não esqueçam a Petrobrás, todos nós iremos pagar está continha)...É o Comunismo Capitalista, que faz título desta pequena resenha pseudo-intelectual de um professor historiador, com tendências direitistas mas apaixonado por utopias esquerdistas. Mas paixão passa, agora, dívidas devem ser pagas e se muito grandes, ficam de heranças negras aos nossos filhos.
Como diria o belíssimo músico, já falecido, Cazuza: Ideologia! Eu quero uma pra viver!!!

(Professor Samir não é petista e nem anti-petista, mas sim, brasileiro que tem uma ideologia não fanática: A VERDADE!).

sexta-feira, 29 de maio de 2015

HÁ HOMENS QUE NASCEM PÓSTUMOS...Ou, sou um Girassol!

Acredito muito no título desta postagem, do prussiano Nietzsche, em seu livro ainda mais controvertido e, infelizmente, incompreendido: O Anticristo. Mas esta postagem não é sobre o livro, mas sobre "eu" mesmo, sem falsa arrogância. As vezes acho que sou um alienígena numa terra estranha, um "estranho no ninho", se me compreende.
Vou constantemente a Sorocaba visitar minha filha e nunca recebi nenhuma "buzinada" no transito de lá, ninguém me xingando de barbeiro ou coisa assim. Mas chego aqui em Itapeva e paro num semáforo vermelho respeitando a legislação, e o camarada atrás de mim grita a  plenos pulmões: "Vamos lá, parceiro, anda"!
Meu Canal no Youtube tem mais de 600 postagens de videos, algumas, para minha felicidade, chegam a ter 160 mil visitas, mas para minha surpresa e desencanto, recebo poucos elogios, mesmo nos videos mais visitados, em contrapartida, reclamações, indignações, xingamentos e similares, ahhh...isto é uma constante.
Sou professor há anos, cheguei a fazer 2 faculdades incompletas(Administração, Direito) e uma completa(História), além de pós graduação para curso superior, mas, ainda hoje vejo e escuto pais duvidando de minha pedagogia, mesmo tendo 20 anos como educador.
Sou casado, tenho filhos e esposa, que amo de coração e acredito dedicar bastante tempo para eles. E leciono com carga completa na instituição que ministro minhas aulas, mas, ainda hoje escuto pérolas de pessoas(inclusive professores) que dizem não ter tempo para leituras. Eu leio aproximadamente um livro por semana, quando não mais.
Sou um alienígena, só pode ser, um pária de uma sociedade póstuma, de um tempo inexistente e fictício, surreal como um quadro de Van Gogh. Sou um Girassol, só pode!
Porque postergamos nossas felicidades para depois, para tempos indefinidos num futuro improvável e mais que distante? O quê há conosco?
Não encontro muitos pares nesta minha existência social, então, concluo que sou eu o equívoco social, que prioriza a felicidade conjugal a vontade egocêntrica do meu ser. Sou um Nietscheriano(se é que existe essa terminologia) por natureza, sou contestador dos equívocos das verdades absolutas.
Vivo da felicidade e não dos sons de meus centavos monetários, não de meus consumos desenfreados ou das marcas enlatadas. Sou um leitor da vida, um homem das antigas e dos valores morais. Estou morto? Estou vivo? Acho              que nasci póstumo desta realidade!

Professor Samir leciona História(não Matemática) e acha que Nietzsche é o "Cara"!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

PARA QUE SERVE UM VEREADOR? VOCÊ SABE?

Você eleitor, sabe qual a função do vereador que elegeu? Então vamos lá, a função mais importante é fiscalizar, ser o representante legal da sociedade, elaborando projetos de leis municipais para obras e benfeitorias de sua cidade. Claro, também fiscaliza o executivo, ou seja, o próprio prefeito, observando a boa aplicabilidade do seu "rico" dinheirinho. Existem vereadores que fazem a base da prefeitura e opositores, que nem sempre são opositores, pois devem tomar medidas baseadas ao bem-geral.

E a sua função, eleitor? Fiscalizar toda esta gente, para a boa aplicabilidade do seu voto!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

PROFESSORES OU JUDEUS?

Fico imaginando qual a desculpa para se agredir "inocentes"? Qual justificativa seria válida? Mas não encontro respostas, talvez pelo simples fato de não haver motivos reais. Seria justificável a agressão da polícia nazista contra Judeus na fatídica "Noite dos Cristais", em 9 de novembro de 1938? Seria justificável a morte, recente, de um homem negro estrangulado pela polícia nova-iorquina?
O quê há com a Policia, ou melhor, o quê há com os homens que vestem estas fardas?
Sei que estão comprido seus deveres, mas espera aí, isto não justifica agredir extremamente um professor, inclusive, usando da força canina. Que pessoas são estas que não analisam seus atos antes de agirem, afinal, como disse outrora Chaplin, "não sois máquinas", somos seres pensante e responsáveis por nossos atos, e exatamente por isso devemos nos negar a uma ação injusta, cruel ou assassina, mesmo sobre a penalidade de sermos presos por nossas ousadias.
Policiais são homens, têm famílias, e devem como cidadãos refletirem sobre suas ordens e seus atos. Agredir professores é, no mínimo, uma ação de pessoas tendenciosamente fascistas, psicóticas, que estão claramente nas profissões erradas...Não deveriam usar armas, pois são elas os verdadeiros "perigos".
Que não entendem o retrocesso desta ação, da péssima propaganda mundial que damos a humanidade, e principalmente, aos nossos filhos votantes. Manchamos de sangue não apenas as vestes educacionais, mas a própria concepção de humanidade. Hitler estaria orgulhoso!
Que polícia é esta que temos no Brasil, que temos no Paraná, armados até os dentes para enfrentar os educadores desta sociedade? Armados para ferirem a "racionalidade" educacional, a razão, com cassetetes, cães e armas?

Como diria Rui Barbosa: TENHO VERGONHA DE TI...POVO BRASILEIRO!

Professor Samir leciona História...E tenho medo da Polícia do Paraná!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

GRANDES E COM DORES!

Toda muralha, por mais forte que seja, não é indestrutível, ela é forte e resiste, mas não indestrutível. Como no mito de Aquiles, há sempre um calcanhar e ele pode ser ferido, mortalmente. As vezes penso que as pessoas esquecem disso, ou ignoram, agredindo a muralha ou Aquiles como se fossem imortais, mas não são. São também, naturalmente, sensíveis as pancadas e em algum momento, cedem aos impactos que recebem, sentem dor, trincam. Um homem grande(seja lá, forte, gordo ou qualquer coisa assim) sente os tapas dos amigos nas costas, mesmo tendo elas largas. A dor existe da mesma maneira, apenas disfarçamos nossas emoções, ocultamos nossas fraquezas.
Homens influentes são gigantes por uma somatória de qualidades, nem sempre visíveis aos olhos críticos de uma sociedade mesquinha, são guerreiros e pensadores, que tomam atitudes nem sempre carismáticas mas quase sempre necessárias. Mas como disse, somos mesquinhos em nossas limitadas condições humanas, e preferimos enxergar os defeitos destes grandes homens às suas infinitas qualidades. Não lapidamos nossas almas para sermos melhores, ao contrário, quase sempre somos "brutos" como pedras, como verdadeiros destruidores das emoções. Mas homens "gigantes" são lendários por saberem superar estas mesquinhez sociais, por superarem suas dores em prol dos outros, e principalmente, por viverem uma vida justa.
Citando alguns grandes da História: Gandhi(pacifista), Rui Barbosa(orador), Roosevelt(político), Sugar Ray Robinson(pugilista), Ahmed Fuad Pasha(Sultão, fundador da Universidade do Cairo), Carequinha(Artista circense) entre outros.

Só para citar um Filósofo, Rousseau disse: Uma parte dos homens age sem pensar e outra pensa sem agir.

Professor Samir leciona História. 

sábado, 25 de abril de 2015

VINGADORES, A ERA DE ULTRON É LEGAL, APENAS ISSO!

Sei que muitos vão me crucificar pelo que vou escrever, mas, enfim, vamos lá: Os Vingadores, Era de Ultron é legal, mas não ótimo...Pronto, falei!!!
Vejam bem, assisti a este filme em versão 3D, o melhor que há, mas não vou mentir, não me cativou tanto assim. Talvez seja o excesso de super-heróis, ou poucos inimigos(réplicas de Ultron não vale), não sei dizer, mas tantos heróis assim não ficam bem desenvolvidos na história, ficam parecendo todos eles coadjuvantes, personagens menores. Mesmo o Homem de Ferro, o Thor ou o Hulk, ainda assim, parecem estar ali apenas como parceiros de uma "pequena" história. Claro, os efeitos especiais são legais(em 3D mais ainda), as lutas são bacanas mas, falta algum coisa, e ao meu ver a coisa que falta é a "história", pouco desenvolvida pois é necessário dar vida aos novos personagens, como Mercúrio e a Wanda, além do Visão.
Duvida, então vejam a quantidade de heróis e vilões:
1- Homem de Ferro; 2- Thor; 3- Capitão América; 4- Arqueiro; 5- Viúva Negra; 6- Hulk; 7- Nicki Fury; 8- Wanda; 9- Mercúrio; 10- Ultron; 11- Hulkbuster(tudo bem, é o Homem de Ferro); além de mais alguns que decidi não citar, pela pequena participação.
Olhem só, o filme é legal, daria uma nota de 0 a 10, 8 ou 9, mas não é 10, não mesmo!

Ainda é um grande filme, um blockbuster, um arrasa-quarteirões, mas para um adulto que foi muito ligado em quadrinhos da década de 80 e 90, sei lá, senti falta de uns roteiristas com o gabarito de Walt Simonson ou John Byrne. 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

História & Maioridade Penal

Qual a veracidade da história oral? Como confiar na palavra "não escrita", transmitida por gerações através da teatralidade familiar ou grupos religiosos, dogmáticos e esperançosos de aceitação? Seu Pai ou sua Mãe devem ter contado milhares de histórias sobre suas famílias, numa visão simplista de observadores, ou ainda, de reprodutores de eventos que não presenciaram, mas quê juram que "foi assim mesmo". A história, leitores, também sofre em partes desta temível oralidade, de partidarismo e tendências pessoais, que buscam recontar a verdade em sua interpretações particulares, onde o erro sempre é dos outros, e somente deles. No Brasil temos, infelizmente, vários partidos políticos que usam deste maquiavélico procedimento para justificar seus meios, através de uma história fantasiada de verdade absoluta. É preciso, sempre, contextualizar os fatos, procurar fontes fidedignas, escutar os opositores para então, e somente assim, tomar partido em algum evento importante.
Muito se fala da diminuição da maioridade penal, e muitos jornalistas "decadentes" e "fantasiosos" usam de suas carismáticas presenças para tentar, através da falta total de estudo de caso, incentivar uma sociedade carente de educação a não aceitar ou aceitar a diminuição da maioridade penal. Não buscam informações mundiais, resultados universais, mas apenas expõem suas convicções cheias de "obviedades" pessoais, para afirmar sua palavras cheias de equívocos e carentes de fontes primárias.
Não se deve julgar fatos que não entendemos, nem mesmo seria útil para a finalidade exposta que indivíduos, carregados de pré-conceitos, impedissem o caminhar da boa resolução judicial, através da competência de homens que estudam e vivem o problema, direta ou indiretamente.
A Televisão e o Rádio às vezes fazem um desserviço social, abrindo espaço para comentaristas de auditório expor suas palavras modernistas, mas cheias de erros crassos sobre justiça e comportamento social, sem jurisprudência, e pior, analisando fenômenos de extrema importância para uma sociedade sadia e seu futuro, através de uma ótica decadente de apresentador funesto e irresponsável.
Muitos destes hipnotizadores de platéias decadentes perguntam se não seria pior a diminuição da maioridade penal, mas poucos perguntam se há dados estatísticos de melhorias sociais pelo mundo afora, quando tais procedimentos são aceitos. Alguns, mais oportunistas, ainda teimam em dizer que diminuindo a maioridade penal só iria provocar o aliciamento de crianças mais jovens ainda, para o mundo da violência. Esqueceram estes indivíduos que a sociedade precisa e necessita de penalidades reais para um mundo real? A questão não é evitar futuros roubos ou assassinatos, mas sim penalizar o indivíduo insociável pelos crimes que cometeu, e livrar a sociedade trabalhadora e honesta de um marginal de grande periculosidade, que pode e continuará agindo para satisfazer seus ideais. Não cabe a a apresentadores de TV julgar o quê é correto ou errado, mas sim aos homens da lei, juristas e sobre muitos aspectos, a própria sociedade interferir nessa resolução, pois ela é a maior interessada.
Para não ir preso basta não cometer crimes, simples assim! Claro, é preciso mudar muitas coisas para diminuir a violência urbana, mas um bom começo é penalizar corretamente os crimes, principalmente os hediondos, senão, onde poupam os lobos, sucumbem às ovelhas.

(Professor Samir
leciona História e Filosofia, e é a favor de criminosos na cadeia.)

quinta-feira, 16 de abril de 2015

...do Tempo da...!

Sou de um tempo de poetas mortos, de cantores que recitavam poemas das coisas feitas pelo coração, de filmes onde o idiota era a melhor pessoa da história, e detalhe, seu nome era impronunciável: Forrest Gump. Sou de um tempo que videogame era passatempo e bolas e quadras uma vida, de um tempo de séries de TV sobre homens de 6 milhões de dólares, que andavam em câmera lenta. Sou do tempo de poucas igrejas, católicas ou protestantes, e de quase inexistência de ateus. Do tempo dos grandes filósofos, alguns do futebol outros da literatura...Ah, saudades do Telê Santana e Jorge Amado. Sou do tempo que Guerra nas Estrelas era apenas um filme e Regina Duarte era a eterna namoradinha do Brasil. Do tempo da família, do Pai e da Mãe e também dos avós. Do tempo da sessão da tarde e de Jerry Lewis, do Ultra-seven e da Formiga Atômica. Mas infelizmente perdi no passado, meu "tempo", escondido por programas de auditório sensacionalistas e  novelas tendenciosas. Não vejo mais novelas, não encontro mais Roques Santeiros, nem mesmo Sinhozinhos, apenas nomes americanos que não identifico e situações que não vivo. Não escuto mais rádios, não escuto mais disco nem CD's, perdi meus Pink Floyds e meus discos de vinis. Perdi o trem das onze e a garoazinha paulista não cai mais, derrama dilúvios ou secas. Não assisto mais Charlton Heston, nem os Dez Mandamentos, pois me assusta a incompreensão social e ideológica do novo Êxodo cinematográfico perante a sociedade, que não se rebela e nem assume responsabilidades. Sou um homem ultrapassado, como Nietzsche, Dante, Beethoven ou Kurosawa. Estou morto numa sociedade que outrora idolatrou a sociedade dos poetas mortos. Poetas? O quê é isso? Como Vargas morro, mas não para entrar para a história, mas para sair dela, pois quero distância de qualquer sociedade que não saiba quem foi Cassius Clay ou Johnny Rivers.  

(Professor Samir Lahoud leciona História e Filosofia, e ainda acredita na humanidade...Ainda).

INTOLERÂNCIA

A tolerância está cada vez mais distante da vida humana, das ideologias sociais, e pior, da própria família. Não respeitamos os diferentes, sejam eles quem forem, estamos acuados perante uma ideologia de "ter" antes de "ser", na qual o caráter torna-se dúbio quando colocado no olhar racional. Racionalidade está em "falta", mas as pretensas verdades juvenis estão em alta, com garotos cheios de certezas num mundo adulto, colocando a massa de intelectuais em suas mãos smartphonicas (não sei se existe esta palavra, acho que criei agora), digitando mil palavras por minutos, mas refletindo no máximo cinco destas por hora. A tolerância é algo velho, ultrapassado, de se jogar fora, pois a ditadura do "ter" não aceita conceitos filosóficos para suas vidas: Nietzsche está morto, Platão enterrado e Ariano Suassuna é um especial de TV. A tolerância está falida, onde garotos podem votar com 16 anos mas não podem assumir responsabilidades por furtos e assassinatos...onde em instituições educacionais o professor é colocado em dúvidas sobre seu "sermão", mas é aceito toda a palavra do jovem aprendiz do "ter" antes do "ser".
Tolerância, palavra possivelmente em extinção na língua portuguesa, talvez em todas as línguas. Temos Árabes contra Judeus, Judeus contra Ateus, e sangue sendo jorrado não mais num Domingo Sangrento, mas em semanas sangrentas e assustadoras. Não temos mais religiões plenamente espirituais, somos partidários de ideologias que mesclam fanatismo e obediência cega, e estamos fadados a uma futura comunidade ateísta...estamos fadados a nossa própria Liberdade. Lembrei-me de Victor Hugo, que num momento de extrema racionalidade disse: "A TOLERÂNCIA É A MELHOR DAS RELIGIÕES"!

(Prof. Samir Lahoud leciona História e Filosofia, e claro, acredita plenamente na Tolerância)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

ÊXODO ou a Utopia de Scott

Não sei não, mas acho que ao invés de ler a Bíblia para fazer a adaptação da história mais incrível do povo Hebreu, Ridley Scott deve ter lido alguma coluna do jornal Charlie Hebdo, ou assistido a algum filme do Monty Python. Êxodo, Deuses e Reis conseguiu transformar Moisés num homem maluco que fala com uma criança imaginária, que acredita ser Deus, e que não faz milagres, apenas aproveita-se dos fenômenos naturais e obvio, das coincidências.  Nem mesmo um cajado ele carrega consigo, ao invés, porta uma espada egípcia que ganhara de presente de Ramsés. Christian Bale está horrível nessa personagem, parece querer vestir uma capa preta e sair passeando no Batmóvel, ou coisa assim. Já Joel Edgerton como Ramsés convence, suas características físicas e sua interpretação são satisfatória, mas o diretor Ridley Scott, com sua capacidade de produzir espetáculo, conseguiu torná-lo um faraó fraco, pouco pretenso a luta com seu irmão de criação, Moisés. Eu imagino que Charlton Heston deve estar pulando de raiva com essa nova adaptação do clássico "Os 10 Mandamentos", provavelmente querendo que o Mar Vermelho engula o diretor. Detalhe interessante(se não quer ler spoiler, pare agora) é que não há a abertura do Mar Vermelho(Arghhh...), ele simplesmente está na maré baixa e os Hebreus, calmamente, atravessam com seus cavalos e crianças. O sangue do Nilo é culpa de crocodilos gigantes que atacam tudo e a todos, tingindo o Nilo de rubro, putz, fala sério.
Efeitos especiais satisfatórios, personagens chatos, trilha sonora esquecível e principalmente, falta total de qualquer carisma cinematográfico. Não há milagres, não há fé, não há Deus, pois o garoto que aparentemente deveria ser Deus, na versão de Scott, é uma loucura de Moisés.

Sinto raiva desse tipo de filme, enganado, e principalmente irritado por contar uma versão AVATAR da história mais importante do povo Hebreu, e por tabela, de toda cultura judaico-cristã. Não sou católico fervoroso, mas acredito que católicos e evangélicos ficarão assustados com a quantidade de besteiras que as 2h31min. de filme nos faz suportar. Havia assistido NOÉ algum tempo atrás, e acreditava que ninguém poderia deturpar mais a Bíblia que aquele filme, mas eis que surge Ridley Scott e dirige sua versão Titanic para Moisés. Uma pena, de verdade, pois essa geração não sentirá a emoção de ver o Mar Vermelho se abrir, com a tecnologia super avançada que existe, pior, sairão dos cinemas vendo uma versão chata e cansativa de êxodo, numa mistura de erros culturais que chega a ser cômico, e nem mesmo às tábuas da Lei foram poupadas, sendo escritas literalmente por Moisés. Agora fico na torcida para que Hollywood não decida fazer uma nova versão de Jesus, pois seguindo essa tendência, não ficaria surpreso de Jesus ser um mutante, no melhor estilo X-men. Fala sério, não gaste seu rico dinheirinho nessa porcaria cinematográfica caça níquel, vá com a família a uma sorveteria, será mais interessante!

A SOLUÇÃO PARA O TERRORISMO

É utópico esse título, claro, não há uma solução, talvez a grosso-modo sejam necessárias uma somatória de soluções. A começar por definir o que é terrorismo, e diferenciá-lo claramente de atos terroristas ou atos de guerra. Mas uma definição não é coisa fácil, envolve política, psicologia, religiosidade, economia, entre outras coisas mais. Ela depende de fatores complexos que podem, se não analisados com cuidado, colocar todos como possíveis terroristas. É preciso compreender as motivações por trás desses atos, e principalmente os estopins que ocasionam seu ressurgimentos. Analisar de forma globalizada a intervenção social e política dos países capitalistas nos países islâmicos, e principalmente, os interesses de alguns países como os EUA, Inglaterra, França entre outros, na intervenção nas doutrinas dos invadidos. Dar a culpabilidade devida ao criador do terrorismo, mostrar seus financiadores e principalmente, fazer a devida associação de culpabilidade de todos os possíveis crimes que não são chamados, por conveniência, de terrorismo para não comprometerem os poderosos capitalistas.
Num mundo tão heterogêneo socialmente, é necessário demonstrar a homogeneidade da família capitalista com a islâmica,  hinduísta ou judaica, para que todos entendam que são maiores as semelhanças que as diferenças, e que a dor dos atos, sejam de guerra ou de terrorismos, são intensos em qualquer sociedade.
Está claro, a cada dia, que as políticas internacionais de combate ao terrorismo não estão conseguindo atingir seus objetivos, e talvez nunca consigam se não analisarem e contextualizarem a política ideológica por trás de ambos os lados.
Há muitos tipos de terrorismo disfarçados no mundo, mascarados como ação social, ação de guerra ou ação econômica. De muitas maneiras são possíveis destruir a cultura e a vida de uma nação, e nem sempre é necessário armas de guerra para isso. O descaso com a vida alheia não é privilégio dos fundamentalistas, é um mal de toda sociedade mundial globalizada, que só consegue analisar tudo e todos de forma imediatista, micro cósmico, sem na verdade entender que somos "um", somos o planeta!

Samir Lahoud é professor de História, e pacifista por natureza.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

QUEM É O TERRORISTA?

Os EUA, durante a guerra Hispano-americana, com as tropa do general Smith causaram um verdadeiro genocídio com a ala masculina, acima dos 10 anos de idade. No massacre de No gun Ri, são responsáveis pela morte direta de mais de 400 refugiados. Ainda sobre os EUA, quando libertaram prisioneiros judeus em Dachau, ficaram tão revoltados com o quê viram nesses campos, que resolveram fazer justiça com as próprias mãos, matando soldados alemães já rendidos, e na aldeia de Azizabad, na Província de Helmand, em 22 de agosto de 2008, interessados em matar um terrorista talibã, durante uma madrugada bombardearam um vilarejo com aviões AC-130, e o saldo foi noventa civis mortos, inclusive crianças. E o mais conhecido desses  crimes foi o tratamento dado aos prisioneiros em Abu Ghraib. Bom, não vou continuar falando, poderia criar um livro de 500 páginas citando atos terroristas somente dos EUA, mas que na visão da sociedade ocidental, a grosso modo, são apenas atos militares. E olha que nem citei a Inglaterra, a Alemanha, a França, a Itália, enfim, só queria ilustrar que a definição sobre terrorismo internacional precisa urgentemente de um conceito mais amplo e justo, mais analítico e principalmente menos elitista, pois é fácil usar árabes islâmicos como sinônimo de terrorismo internacional, isso também já aconteceu com japoneses, russos e principalmente judeus.


Qualquer ato de violência, nacional ou internacional, ideologicamente política ou religiosa, onde civis morram inutilmente é uma atrocidade humana, e deve ser combatida, mas é preciso pontuar o que de fato é o "terrorismo". Acredito que quando isso ocorrer, de uma forma ou de outra, ficaremos surpresos pela quantidade de países terroristas que há no mundo, países que se dizem hipocritamente democráticos. 
Campo de prisioneiros em Andersonville(EUA)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CHARLIE HEBDO E PRECONCEITO

Mais de 50% dos franceses são ateus, não seguem e não acreditam em credo algum. Duvida, então faça uma pesquisa pelo Google e você encontrará vários artigos e pesquisas sobre o tema. Então é fácil entender como um país aceita, sem grandes transtornos, piadas e desenhos satirizando Deus, Jesus, Maomé ou Alah, como faziam e fazem os chargistas do Charlie Hebdo.
Claro que nada justifica uma violência, principalmente assassinato, como ocorreu no atentado a essa revista, na França. Mas gostaria de lembrar uma coisinha interessante, do período pré-segunda guerra mundial, mais especificamente o período nazista. Durante os anos de 1930 a 1940, era comum na Alemanha nazista a manifestação artística, jornalística, entre outras formas de comunicação de massas, panfletarem assuntos com mentiras sobre os Judeus, basta ver algumas imagens que postei aqui. Até mesmo apostilas escolares divulgavam desenhos mostrando judeus como ratos, inimigos da democracia, criadores da desordem e perigosos. Isso influenciava todos os cidadãos alemães, inclusive, suas crianças em idades escolares. Isso está documentado e é fácil de provar, basta você ler algum livro de um historiador sério e verá lá, descrições disso que cito aqui. Então, na minha singela opinião, usar jornais para manifestar ódio, xenofobia, etnocentrismo e afins, são uma espécie de violência sim, é devem ser combatidas legalmente, com sanções sérias para esses editais e seus responsáveis. O quê não acontecia com a revista Charlie Hebdo, claro!
Mas isso não justifica o ato terrorista, obvio, mas também não justifica associar os atentados com os povos islâmicos, principalmente agora, nesse momento de emoções acaloradas. Como sou professor de História, já vi isso ocorrer em outro momento histórico, onde um povo era a princípio ironizado, depois caluniado, perseguido e eliminado: O JUDEU!
Essa tentativa de associar o islamismo com o terrorismo internacional está a cada dia mais claro, e para piorar, leio e vejo acadêmicos xenofóbicos concordando com essas arbitrariedades judiciais, em prol de ideologias etnocêntricas.

Só posso dizer uma coisa, cuidado com suas palavras...Não podemos permitir que preconceito seja considerado liberdade de expressão.



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

CHARLIE HEBDO...CAUSA E EFEITO.

Ainda continuo surpreendido e impactado com as cenas do ato terrorista ocorrido na França, na revista Charlie Hebdo, por 3 ou 4(?) terrorista fundamentalistas e radicais islâmicos. Assistindo o video em que um deles atira no policial caído, escutamos o "eco" dos disparos que duram, ao menos para mim, uma eternidade. O som de balas não condiz com cidade alguma, não condiz com o quê habituamos chamar de sociedade, ainda mais a democrática. A França está dolorida e o mundo assustado, surpreendido, afinal, um ataque ao "Estado" era o comum, mas, buscar um órgão de imprensa, uma revista satírica, foi ao meu ver, uma ação absurdamente, para não dizer ideologicamente, equivocada. Não calaram os chargistas, não calaram a revista, mas ao contrário, criaram mais "heróis" gráficos pelo mundo afora, todos nós, que desenhamos, seja para uma revista ou amadoramente, queremos vingar esse ato abominável com a arma que melhor conhecemos: O Desenho.
É preciso educar esses fundamentalistas axiomáticos, explicar o conceito de "causa e efeito": Todo evento ou objeto na natureza os quais chamamos de efeitos tem a sua razão de existência em eventos e objetos passados os quais chamamos de causas, todo efeito tem uma causa.  
Esses terroristas não tem pátria, não se enganem...Não são árabes, franceses ou qualquer outra coisa, são pessoas psicologicamente doentes e fracas, que necessitam de líderes axiomáticos e carismáticos para viverem, numa sociedade que não entendem, não gostam e não toleram. Eles odeiam tudo e qualquer coisa que não seja a equivocada interpretação da palavra do profeta Maomé. No fundo, não acreditam em nada, querem apenas fazerem parte de uma sociedade que também não os aceitam, nem que isso seja através da violência. Causa e efeito!
( Samir Bakhos Lahoud é professor de História e tem um Canal de entretenimento no YouTube:

https://www.youtube.com/user/samirblahoud )