sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Ler, meu amigo, é viver!!!

Eu não consigo entender "os não leitores", pois são os opostos de mim. E apesar de algumas pessoas não acreditarem, leio ao menos um livro por semana, às vezes dois e quando finos, até três. Sim, continuo trabalhando, sendo Pai e Esposo, cumprindo com todas minhas obrigações de um adulto, mas administro meu tempo para isso, não me permito  deixar de ler, faz parte de mim, da minha existência, da minha felicidade.  Ler é uma experiência única, insubstituível como formadora de opiniões, como educadora do senso crítico, me faz acreditar na humanidade quando leio homens como Amos Oz ou Guimarães Rosa, me faz mais sensível quando leio Rachel de Queiroz ou Franz Kafka. Viajo em seus continentes com hábitos e costumes diferentes, sinto as dores das perdas de seus personagens, e acima de tudo, revejo "minhas prioridades" após um épico. Leio também livros acadêmicos, forenses e analíticos, e olhem só, passei a adorar suas leituras, me fizeram acreditar que posso superar meus conhecimentos e que, se quisesse, poderia exercer outra profissão.
Como é possível não ler depois que se aprende a ler? Como?
Adoro o cheiro dos livros novos, do dobrar das páginas e o brilho das fontes novas. Me apaixono de cara com a capa do livro(sei, não devemos escolher pela capa), e adoro um volume grosso, de quinhentas páginas ou mais, os famosos livros que ficam em pé.
Mas, meu Deus, como é possível não ler depois de alfabetizado? O quê deu errado nessa pessoa?
Ler é o remédio para as almas ansiosas, perdidas em lamentos, em tristezas eternas. Como não se emocionar com Lovecraft e seus universos paralelos e confins do espaço, com o medo à espreita ou a coisa na soleira da porta? De arrepiar. Como não chorar de rir com Suassuna e seu João Grilo, e se emocionar com a Compadecida e Emanuel? Como olhar para a vida de um Hobbit e não sentir ciúmes de suas aventuras?
Não entendo que não lê, mas tenho um certo receio dessa gente, pois abrir mão de conhecimento, aventura, medo, religiosidade, magnitude, expressão, enfim, de todas as grandes qualidades da história impressa, não pode fazer de você uma pessoa interessante! E gosto realmente de pessoas interessantes, que enxergam que todo o Universo pode, num conceito quase paradoxal, caber nas páginas de um livro.

Ler, meu amigo, é viver!!!